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3.

Terapia Lúdica

Diferentemente dos adultos que tem a fala como sua principal ferramenta de expressão, as crianças exprimem seus sentimentos, angústias e conteúdos psíquicos diversos por meio da brincadeira. Para as mais diversas abordagens terapêuticas, a brincadeira possui um valor diagnóstico e terapêutico importante para avaliar tanto características saudáveis, quanto as possíveis dificuldades pelas quais a criança possa estar passando.

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Para esse processo a disposição do consultório deve permitir ao máximo o livre brincar da criança, bem como o comportamento do terapeuta deve transparecer o interesse geral pela dinâmica de interação com o paciente e com os objetos presentes na atividade lúdica.

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Os materiais selecionados para brincadeira devem ser os mais simples possíveis para que a criança possa exercer protagonismo na criação da brincadeira, deve também possuir ao menos qualidade e resistência razoáveis para resistir as brincadeiras em geral, pois sua danificação implica em diferentes resultados terapêuticos.

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Tanto no dia a dia quanto no ambiente terapêutico o brinquedo possui o importante papel de mediação entre as fronteiras da realidade e da fantasia para a criança. Ao projetar sua atenção e interesse no brinquedo abrir espaço para que o profissional analisar com mais profundidade seus sentimentos e fantasias.

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Na terapia lúdica o papel do profissional deve ser de aceitação e interesse pelo mundo psíquico da criança, colocando-se em um papel de parceiro nos jogos e atividades lúdicas, que em geral que são propostas pelo paciente. Dessa forma o terapeuta terá condições de criar um vínculo emocional com a criança, propondo regras e delimitações que fortaleceram os limites da criança e permitindo que ela se fortaleça na construção de sua individualidade, criando as ferramentas necessárias para incrementar a aprendizagem e fortalecer seus recursos para presentes e futuras interações em sua família e na sociedade.

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Ressaltamos que para o bom andamento desta modalidade de terapia é imprescindível o apoio da família, tanto para o psicodiagnóstico, que precede o tratamento, quanto para o bom andamento terapêutico no decorrer das sessões.

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